domingo, 24 de outubro de 2010

Ser filha e ser mãe, uma experiência e tanto. Ontem, no aniversário da Sirlei, eu a ouvi dizendo que a mãe dela ainda não tinha ligado cumprimentando pelo aniversário e o quanto isso a atingia. Dixei que ela deabafasse e só então disse como me sentia com relação à minha mãe. Ela, a Sirlei, disse também que cada vez mais pensava em não repetir o comportamento da mãe, em ser o oposto dela. Eu não sei se conseguimos isso na totalidade ou mesmo em parte. Sabemos o que não queremos repetir, comportamentos que consideramos errados, que até abominamos e que não queremos nos ver iguais ou repetindo. Alguns conseguimos, outros nem tanto. Alguns comportamentos de nossas mães são olhados a luz da NOSSA razão, do NOSSO conhecimento, visão de mundo e percepção. Talvez haja uma diferença, uma distância entre o que pensamos e o que realmente é. Afinal, existe uma verdade absoluta, linear? A mensagem que nossa mãe quer passar corresponde à mensagem que recebemos? Percebo que meus sentimentos interferem demais na minha percepção das coisas e das pessoas.
E eu que sou mãe ( a Sirlei ainda não é) sei que a mensagem que quero emitir, muitas vezes é mal compreendida pelos meus filhos ou não é compreendida. Sou mãe e sou filha, estou dos dois lados. Talvez e somente talvez isso me traga um pouco mais de condições de compreender isso que posso chamar de "falha de comunicação".
Muitas vezes pensei que minha mãe não me ama, ou não ama da maneira como eu gostaria de ser amada e já disse que não vou fazer com meus filhos o que ela faz comigo, ou melhor, não faz.